Tudo
começara com a sua barba roçando em minha nuca no meio do bar cheio
de desconhecidos - carentes que faziam questão de gritar aos quatro
ventos suas necessidades. Pouco me importava aquele berreiro quando o
seu cheiro invadia minhas narinas, sua mão tocava minha cintura,
tudo se dissipava, mas eu nem sabia seu nome.
E
mesmo sem as informações básicas lá estava eu rendida aquele
moreno barbudo, e, deixava sem pudor que aquelas
mãos tocassem
meu corpo pela primeira vez, porém,
elas pareciam tão conhecedoras dos caminhos tortos que tenho,
conforme iam excitando gradativamente cada parte dentro de mim.
No
fundo tocava “Take me one more time, take me one more
wave”, a música só fazia o
tesão latejar
cada
vez mais, ah,
eu clamava por isso
há meses, por esse fervor que dava no sangue com
a frequência que os nossos corpos se encontravam, o ritmo parecia
fluir naturalmente como o toque agressivo que me puxava contra aquela
robustez, e eu respondia com a mesma intensidade que sucumbia aos
meus desejos carnais mais profundos.
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