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quarta-feira, agosto 22, 2012

Realidade Fajuta

Tudo que eu posso dizer è que venho evitando a Sophia por algumas semanas e o meu namorado Marcelo,que aparantemente se considera solteiro já que não respondo suas mensagens e tampouco me preocupo com isso,sei que deveria por um ponto final em toda essa bagunça que se fez,mas o Renato tem me trazido esse pedaço de êxtase para minha vida.Então reluto a voltar a realidade fajuta que è a vida,tudo isso eu resolvo após esse cigarro que fumo na varanda do meu cubículo. O crepúsculo da noite se faz durante a minha ida até Marcelo,abre a porta reclamando pelo Horário e pelo meu desdém dos últimos dias;Não perco a chance de ser fria com esse imbecil que agora vem querer fazer pouco caso,já disparo um pouco de ironia. Confesso que ás vezes ultilizo do sexo para amenizar os problemas,dessa vez não seria diferente dou meia hora de alegria antes de acabar isso que tivemos e que os demais chamam de relacionamento,eu não! “Gata,tu tava boa hoje,acho que sentiu a falta do meu poder aqui heim.”Reviro os olhos e faço um sorriso malicioso pois se pudesse falar ele ia chorar com o seu amiguinho à noite toda. “Marcelo,ambos sabemos que isso não tem futuro algum,que está na hora de seguirmos em frente com nossas vidas,essas semanas distantes só me fez perceber que nossas vidas tem caminhos distintos.” Tento ser o mais sútil o possível com ele ,nesses anos tivemos nossos momentos,cheguei a me imaginar com ele pro resto da minha vida e quando ele terminou comigo há uns dois anos atrás cortei os pulsos,chorei uma penca ,hoje eu me sinto uma tola,deveria ter seguido o conselho de todas as minhas amigas e viver. Ele fica mudo por um tempo depois confuso joga seus pensamentos sem filtro pra cima de mim “Melissa,meu amor acabamos de fazer ‘amor’ como você pode dizer isso ,que conversa é esta?E se estamos neste jeito é porque tu sumiu,eu te procurei,lembra ?NÃO ACEITO ISSO.” Minha resposta foi serena “Marcelo ,não há nada que possamos fazer que vá mudar o fato que isso acabou,podemos protelar a vida inteira e sermos infelizes e medíocre pra sempre,e sei tão bem quanto você que isso não é o que queremos.Vamos facilitar aceitar que acabou.” Me vesti,lhe beijei a testa e sai da casa dele com o seu silêncio,mando uma sms pra Sophia “Precisamos conversar,eu sei que está brava comigo mas deixe de ser turrona e venha almoçar comigo amanhã,okay?” Agora o sol começa a nascer em sampa enquanto eu caminho pela república em busca de uma dose de tequila antes de ir pra casa.

1 Opinões.:

Beatriz Karen Lopes disse...

Eu adoro esse tipo de narrativa sabe, em "fluxo de pensamento". Acho que por uma de minhas maiores inspirações literárias ser Clarice Lispector (tão clichê, mas é) sou apaixonada por esta forma de descrever uma situação, e ao mesmo tempo o emocional de quem a descreve. Confesso que ando me empenhando pra dominar esse estilo de escrita, já que me habituei a narrar contos em terceira pessoa. Cena também é minha música preferida de Pitanga, e um tanto auto-biográfica devo dizer. Beijos, bom fim de semana!